☢️ As coisas não saem do lugar. Ou eu que deveria permanecer longe?
20 dias de imposições e inquisição.
Eu sempre me permito “mais uma tentativa”, mesmo havendo uma lista de mágoas e situações imutáveis. Eu perdoo, mas não esqueço. Até como autodefesa, para evitar que aconteça de novo, mas quando envolve família, é ainda mais delicado e extenso.
Quando são conhecidos ou afins, você tem a opção de se afastar do que te faz mal e pronto. Família, nem sempre.
Eu morro de saudades, de vontade de estar perto, de ter uma convivência feliz. Mas na minha memória, nem lembro de já ter acontecido assim.
Eu já passei por cima de tantas coisas, tantos julgamentos e interpretações errôneas, atribuindo isso a ignorância, ao fato de que mesmo sendo uma pessoa tão próxima, é incapaz de te enxergar, ouvir, entender… não sei se a cabeça que é fechada para seu próprio umbigo e não consegue perceber as coisas que são diferentes e novas ou se é apenas falta de interesse e arrogância mesmo.
A questão, é que as pessoas não são iguais e é justamente isso que torna a vida bela e interessante. Mas quando isso se torna um problema, porque pessoas que poderiam se descobrir harmonicamente simplesmente não possuem abertura para isso, você se encontra em um triste problema sem solução.
E o que você faz? Você quer ir embora. Mesmo que seja apenas distância física, porque isso, por si só, te permite ao menos respirar e se sentir menos desencaixada, menos inútil, menos imprestável.
O tempo todo de cobranças. Não há diálogo e nem seria possível, pois nada do que eu falo é sequer ouvido. Quanto mais assimilável.
Quando uma mãe, ao saber da gravidez da filha, ao invés de parabenizar (apesar de tempos difíceis) e se sentir feliz ao menos pela filha que sonhou tanto com isso, diz para o pai do bebê: “só não largue minha filha em situação ruim quando deixá-la” e depois ainda pergunta para a filha se a gestação foi um acordo: “vocês combinaram que ele te engravidaria e você o sustentaria para o resto da vida”… O que essa filha pode esperar dessa relação? Todas as vezes que estou no convívio com ela e temos atritos eu me pergunto: POR QUE MERDA ESTOU AQUI DE NOVO?
Mesmo tendo perdoado essa certeza que ela tem que as pessoas não tem como me amar e só se aproximam de mim por interesse, eu não esqueço isso. Eu não entendo isso. Porque ao contrário dela, eu sempre fui romântica, doce, toda amor. Então como eu posso entender alguém que tem uma calculadora no lugar do coração?
E a Marcia, sou EU!!
Estou profundamente triste e sozinha nesse momento. E nem sei onde queria estar.
Longe. Apenas longe.
